Pimeiro ato:
João boca de fole tenta em vão chegar ao centro de Campina sem se molhar.
Ao passar em frente ao açude velho, tem sua roupa toda molhada por
conta de um ônibus que acelera escrotamente dentro de uma poça d´água.
Maldições saem de sua boca, todas desferidas a famigerada empresa
Nacional, que dizem as más línguas, tem uma lenda urbana em sua frota: o
303!
Segundo ato:
Beto H2o passa na hora
em que João boca de fole está todo ensopado, sentado em frente a calçado
do Bar do cuscuz, e é tomado misteriosamente por um ataque de risos,
esboçando um sadismo peculiar a um morador do Bairro de José Pinheiro.
Ele cresceu alimentado pelo aroma de cola de sapateiro exalado das
fábricas de fundo de quintal da redondeza. Ódio iminente no olhar de
João. Suspense. Tensão no ar. O clube do whisky nunca mais foi o mesmo
desde esse dia.
Terceiro ato:
João boca de fole
levanta-se bruscamente, fitando nos olhos de Beto H2o. Com uma raiva
imensa manda-o tomar bem no meio do cu, despertando em Beto uma fúria
repentina. Beto pega uma faca de serra daquelas de passar manteiga em
pão. Não se sabe como nem onde, mas Beto estava armado. Tenta desferir
um golpe de faca no meio do bucho de João. Uma multidão já começa a se
formar em frente ao Bar do cuscuz, inclusive garçons e cozinheiros. Numa
tentativa frustrada de um golpe de capoeira de angola, João eleva as
duas pernas rente ao rosto de Beto. A faca atinge João acidentalmente na
sola de seu pé esquerdo. sangue. Beto joga a faca dentro do açude velho
e sai em disparada, assustado
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